Como a mudança nos padrões de alimentação pode ser um indicativo de problema?

Como a mudança nos padrões de alimentação pode ser um indicativo de problema?

Os problemas alimentares referem-se a padrões de comportamento alimentar desequilibrados que podem afetar adversamente a saúde física e mental das crianças e adolescentes. Esses problemas podem variar desde restrições alimentares excessivas até compulsões alimentares, e muitas vezes estão associados a preocupações com a imagem corporal aliadas a um reflexo distorcido da mesma. Os problemas alimentares podem levar a deficiências nutricionais, problemas de crescimento e desenvolvimento, problemas gastrointestinais e uma série de complicações de saúde mental, incluindo perturbação de ansiedade e depressão.

Os sinais de problemas alimentares em crianças e adolescentes podem variar, mas incluem:

  1. restrições alimentares excessivas;
  2. preocupações intensas com o peso corporal;
  3. mudanças drásticas no peso;
  4. comportamentos compulsivos em torno da comida, como por exemplo, comer às escondidas, preocupação excessiva com as calorias;
  5. comportamentos de isolamento durante as refeições;
  6. evitação de eventos sociais relacionados à comida;
  7. comportamentos autolesivos;

Por exemplo, um adolescente que anteriormente mantinha uma dieta equilibrada, mas recentemente começa a restringir severamente a ingestão de alimentos, evitando refeições em família e demonstrando preocupação excessiva com o peso corporal. Começa a manifestar uma necessidade persistente em pesar os alimentos, contar calorias obsessivamente e evitar determinados alimentos. (o exemplo é meramente ilustrativo porque os sinais podem variar de pessoa para pessoa)

Em que momento os pais devem procurar ajuda terapêutica?

A procura de ajuda especializada deve ocorrer quando os pais percebem que as estratégias habituais não estão a ajudar a criança ou adolescente a superar o sofrimento e dor emocional que o problema possa estar a causar.

Por isso, os pais devem estar atentos:

  1. Persistência dos sintomas: Se os sintomas persistirem ou piorarem apesar das estratégias de intervenção dos pais e do apoio familiar;
  2. Impacto na vida diária: Se o problema do filho estiver a afetar significativamente o seu funcionamento diário, como na escola, em casa ou nos relacionamentos;
  3. Preocupações persistentes: Se os pais estiverem constantemente preocupados com a saúde mental do seu filho e não souberem como lidar com os problemas apresentados, procurar orientação pode ser benéfico para toda a família.

Paulo Dias – Neuropsicólogo e Hipnoterapeuta da Clínica Dr. Alberto Lopes

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